segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Lábios cor de cereja, lágrima solitária e apenas uma mala na mão.


Uma garota estava parada em frente ao ponto de ônibus, com uma mala na mão. Já se passavam das vinte e duas horas, e o lugar estava sendo iluminado por um único poste. Uma lágrima solitária brotava de um dos seus belos olhos cor de oceano. Eu a observava do outro lado da rua, com uma curiosidade que eu normalmente não possuía. Reuni coragem, atravessei a rua e fui falar com ela.

— Precisa de ajuda, senhorita?

— Não, obrigada. - Respondeu-me a bela garota, enquanto enxugava a lágrima que já estava passando perto dos seus lábios cor de cereja.

Depois disso fiquei em silêncio, enquanto inúmeras perguntas surgiam na minha mente. Até que o seu ônibus chegou. Ela olhou para mim, sorriu e disse um "adeus". Logo depois entrou no ônibus.

Eu não consegui dizer nenhuma palavra.

Eu jamais a vi novamente. Mas aquele sorriso adorável daquela desconhecida tornou-se a minha lembrança mais encantadora e inesquecível.

domingo, 28 de novembro de 2010

Uma das minhas manias.


Enquanto passo pelas ruas gosto de imaginar como é a vida das outras pessoas que também estão passando. Como são as suas vidas, os seus segredos, suas manias, seus amores. O que elas almejam, desejam, o que as alegra e o que as deixam tristes. Os seus sonhos, as suas almas. As pequenas e grandes coisas que importam para elas, as suas relações com as pessoas, seus pensamentos... Tudo.
Imaginar como é a vida dessas pessoas me conforta, pelo simples fato de que também imagino se elas fazem o mesmo que eu: Observar as pessoas na rua e imaginar como são suas vidas.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Banalização

O amor foi banalizado. Gostar de tomar café, ser nerd, gostar de ler, ser do contra, gostar dos Beatles, e mais de um milhão de atos e gostos também. O que essa sociedade de hoje acha que está fazendo? Não se pode mais gostar de nada, ser nada, dizer algo, porque com isso rótulos, discriminações e banalizações começam.
E tudo isso por causa dessas pessoas que preferem fingir gostar de algo que está na moda, do que admitir do que realmente gostam ou mostrar quem são. Estou farta de tudo isso. Porque se para ser aceita preciso ser algo que detesto, prefiro não ser aceita. E que seja banalizado.