sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Confissões

Gostaria de dizer que não me preocupo com o futuro, que não sinto falta de pessoas que julgam-me dispensável, que gosto da vida que tenho e que não me sinto culpada pelos meus erros, sejam os que cometi ou os que tornaram-se um erro pelas ações não terem sido executadas. Também gostaria de dizer que sinto orgulho de ser como sou. Mas, infelizmente, eu não posso.

Apesar de tudo, eu não me sinto mal por isso. Não o tempo todo, pelo menos. Porque eu sei, e isso eu tive que aprender sozinha, que eu não poderia ser outra coisa além de mim mesma. Por mais que, às vezes, eu queira.

Isso é viver, jogar conforme o jogo. 
Ainda não sou uma boa jogadora, mas um dia eu serei.
Eu serei.

sábado, 3 de setembro de 2011

Um pequeno poema de um coração não tão apaixonado.

O som do vento batendo na janela
O frio que faz esconder-nos em baixo do cobertor
Lembranças das palavras dela
Dos dias em que nossas vidas eram cheias de amor.

Uma música ao fundo
Pensamentos sem fim,
Sobre a salvação do mundo
Ou de como talvez você pense em mim.

Cores, amores, sabores,
Sensações, emoções... pobres corações!
Gostaria que esses senhores
Sonhassem com você por dias sem fim.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Meia-noite em Paris.

Caro David,

É meia-noite e eu estou sozinha em uma mesa de bar pensando em você. Pensando se não me despedir de você foi a coisa certa a se fazer. Eu sei que foi o melhor para mim naquele momento, pois talvez seus belos olhos azuis fizessem-me desistir de ir embora. E eu precisava ir. Mas ao mesmo tempo eu gostaria de  ter te dado o meu último abraço, o meu último beijo. 
Sobre conhecer Paris, você estava certo. É como um sonho! Quando eu cheguei, eu só conseguia agradecer e me sentir a pessoa mais abençoada do mundo por simplesmente estar aqui. Eu conheci pessoas adoráveis, uma delas em especial: é uma senhora chamada Ann-Marie, baixinha, de cabelos brancos e grandes olhos azuis que espalham bondade, assim como os seus. Ela tem nove gatos e dois filhos, mas os últimos é como se não existissem. Deixaram-na sozinha após a morte de seu esposo. Uma pena. Nós comemos croissants e tomamos chá todos os dias, ela me conta histórias de sua juventude enquanto ouvimos os seus LPs dos Beatles. Ela é louca por eles assim como eu. 
Bem, você deve estar se perguntando porque eu estou em um bar a essa hora se nem beber eu bebo. Estou aqui para observar as pessoas. Eu comecei a escrever um livro, acredita? Todos os dias eu vou a algum lugar diferente para buscar novos personagens para ele. O personagem principal é você. 
Espero que esteja tudo bem e que você tenha arrumado afazeres divertidos nesse pequeno fim de mundo. Afazeres, não uma nova melhor amiga. Espero que essa, apesar da distância, seja sempre eu. Se conseguir dinheiro suficiente, comprarei uma passagem para você vir a Paris passar o fim de ano comigo. Não aguento mais ficar aqui sem você, apesar de todas as coisas boas que estão acontecendo. 

Com amor,
Cecília.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Um novo ponto de vista pode significar uma nova vida.

Esse era o seu último dia de férias, e ele estava se sentindo como se estivesse no céu. Passara os últimos meses de verão fazendo tudo que gosta, provando o sabor da felicidade em cada instante em que estivera acordado. Em seus sonhos ele não buscava uma vida melhor ou como seria a sua vida se um desejo interior fosse revelado, ele apenas imaginava como seria o dia seguinte. Para cada dia seu ser como se fosse uma realização de um sonho.

Mas isso não acontecia porque ele tinha uma vida perfeita. Ele jamais tivera. Seus dias eram assim, porque ele não desejava mais do que pudesse ter. Não criava expectativas ou tinha sonhos mirabolantes. Ele apenas aproveitava o que tinha, divertia-se com pequenas coisas, com pequenos prazeres.  Sentia-se a pessoa mais feliz do mundo, porque não perdia seu tempo invejando alguém ou pensando besteiras. Em um certo momento ele aprendera a lição, e desde esse grande dia, resolveu transformar a sua vida para melhor. E para isso bastou apenas olhar as coisas com outros olhos.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Velhas lembranças não bastam.



Uma pequena menina com grandes sonhos. Adorável, encantadora e dona de doces palavras. Ela surpreendia a todos a sua volta com o que tinha a dizer, até que um dia tudo mudou. Essa menina que um dia já foi adorada por todos, tornou-se uma megera. Ela começou a falar coisas absurdas, deixou que algumas pessoas a influenciassem, desprezou as qualidades que a tornavam alguém especial. Ela começou a desfrutar de algo que ela já não merecia, a ocupar um lugar que ela não pertencia. Passou a ser detestada e amada. Hoje o melhor dela são as velhas lembranças da menina que ali vivia, e isso não basta.

Essa postagem não é uma indireta, é apenas uma história. Se você identificou alguém para ser essa protagonista, bom, azar o seu.